Quer
parar de beber e não sabe como?
Quem
me conhece sabe que minha relação com o álcool sempre foi de amor profundo. Um companheirismo
invejável, algo que não se pode explicar em palavras e minhas ações faziam isso
por mim. Profundo mesmo.
Como
em toda relação nessa também houveram aqueles momentos em que não podíamos nos
ver, só de sentir o cheiro já me vinha uma vontade de espanca-la ala mamonas,
mas como em toda relação, aquele
momento durava menos que coito de coelho para nossa alegria e desespero de quem
em minha volta estava. Não vou ser hipócrita a ponto de dizer que foi ruim, foi
bom, muito bom, e como em toda relação,
essa também deixou saudade não vou negar. Sempre há determinado momento dentro
da rotina de quem ama que se mostra como o mais desejoso para o estreitamento
da relação, são nesses momentos que devemos manter a cabeça no lugar para
sentirmos saudades, mas sem fraquejar e muito menos pensar em ligar pedindo reconciliação. Nesses casos a atitude deve ser uma só, firme, decidida e a preparação para o
que vem pela frente deve ser feita todo o dia, pois certamente que ela (birita)
não deixará barato o fim do relacionamento, como naquelas relações com as pessoas
mais baratas que dizem: “__não quero teu mal! ” Mas no fundo desejam ao
requerente da separação uma morte lenta com um câncer nos testículos ou ao
menos um pouco de dificuldades em larga-la, uma vez que de tão prazerosa que
era essa relação o medo do esquecimento faz com que a luta pelo próximo beijo (gole
do reencontro) seja tão aguardada que o prazer deve ser mantido dentro da memória como numa síncope distorcida de “quem não é visto não é lembrado”.
Meu
caso é assim, e na tentativa de apaziguamento mental fiz o que todo compositor
nessa situação faria: uma canção. Sim, uma canção que não me deixasse esquecer,
mas que me lembrasse dos motivos de querer dizer não. E toda vez que vem em
minha mente aquela saudade descrita acima, cantarolo baixinho comigo os poucos
versos em homenagem ao que me “ajudou” a descobrir o melhor e o pior de mim.
O
nome da canção é MANTRA.
MANTRA.
Só
de te ver
Já
renova minha vontade de parar de beber
Duvido
sim, algo ser tão forte
Se
já não há,
Mais
pegadas no caminho pra poder te encontrar
Te
quero assim,
Transformada
em rima
Mas
se por ti minha mão voltar a tremer
Saudade
do cheiro, do gosto, euforia ou prazer
Espero
tua ajuda dessa vez poder dispensar
Mas tenha
paciência que tranquilo te encontro naquele velho...
(B)(L) __AR.
Na
primeira estrofe mentalizo quem me dá força nesse momento, o que me faz só de
ver (lembrar), ter vontade de parar de beber. No seu caso pode ser aquele(a) alguém(uma), imagem, isso
mesmo, aquela imagem.
Segunda
estrofe – mostro que ainda lembro com carinho de quem fez meu mundo girar. Contigo a mesma coisa.
Terceira
estrofe – mostre quem manda.
No
Final - “A escolha é minha, todas as vezes que entoo este mantra escolho como
vai acabar” depois de nenhum acidente só passo em seu Lar mesmo: mercado,"buteco", etc... e só digo oi. Por questão de educação.
Só
mais uma coisa: Só depois que paramos vemos
como fica feia na TV.